Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O estado de São Paulo ampliou o atendimento na rede pública às mulheres vítimas de violência doméstica ou abuso sexual. Com o lançamento hoje (8) da Rede de Atenção à Mulher Vítima de Violência Doméstica, mais quatro centros irão prestar o atendimento: Hospital Guilherme Álvaro (em Santos), Hospital Geral de Guarulhos, Hospital de Base de São José do Rio Preto e Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
Com base no modelo implantado no Hospital Pérola Byington, o serviço funcionará 24 horas, todos os dias da semana. A previsão é iniciar nas unidades a partir de 2013. Nos centros, as mulheres receberão apoio à prevenção de gravidez decorrente da violência sexual (inclusive com abortos previstos em lei), tratamento para traumatismos, contracepção de emergência e medicamentos contra HIV, demais doenças sexualmente transmissíveis e hepatites.
Cada unidade receberá recursos iniciais de R$ 100 mil para a qualificação dos serviços, reformas e adequações do espaço de atendimento, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. No caso do Pérola Byington, o hospital terá verba extra para a contratação de oito obstetras, sete pediatras e seis psicólogos, além de reforço na equipe de enfermagem.
Segundo o secretário de Saúde em exercício, José Manoel Camargo Teixeira, o atendimento já existe há mais de dez anos no Pérola Byington e,por isso, está sendo expandido. “O atendimento é integral e integrado com os aspectos sociais, psicológicos e médicos. A proposta é ampliar este acolhimento humanitário para o resto do estado.”
Em 2010, foram notificados 15,2 mil casos de atendimentos às vítimas de violência doméstica, incluindo psicológica, conforme dados da secretaria. De 2000 a 2010, o Pérola Byington atendeu 25,1 mil vítimas de violência sexual.
Edição: Carolina Pimentel
Saúde usará R$ 31 milhões para incentivar denúncias de violência contra mulheres
Grupo feminista alerta sobre perda de direito na Lei Maria da Penha com reforma do Código Penal
Distrito Federal é líder em denúncias de violência contra a mulher
Em seis anos, Disque 180 recebe mais de 329 mil denúncias de violência contra a mulher