Sobe para 500 o número de pessoas presas no Rio por prática de boca de urna

07/10/2012 - 18h35

 

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Pelo menos 500 pessoas foram presas, até o momento, em municípios do estado do Rio de Janeiro, pela prática de boca de urna, das quais cerca de 250 foram detidas pela Polícia Militar. Deste total, nove são candidatos. Os presos devem ser liberados ainda nesta tarde, com o encerramento do horário de votação.

Segundo informações divulgadas pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), Luiz Zveiter, entre os detidos fazendo boca de urna estão os candidatos a vereador Pedrinho da Locadora, do PMDB de Quatis; Hélio Anomal, do PT de Campos; Bil, do PDT de Itaboraí; e mais João Ricardo, do PSDC, e Paulo Cerri, do PSC, ambos da capital; além do candidato a vice-prefeito de Magé, Sábia do PSDC.

Após divulgar as informações, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), Luiz Zveiter, reafirmou que o pleito transcorre dentro da normalidade. "Tivemos alguns problemas pontuais, prontamente resolvidos pelas forças envolvidas nos trabalhos de segurança do eleitor e de combate à pratica de boca de urna. E acho que chegaremos ao final da votação comemorando o exercício da democracia sem nenhum problema mais grave".

Quantos aos votos dos 50 eleitores da 22ª Seção na 4ª Zona Eleitoral, em Botafogo - cuja urna teve que ser substituída por uma tradicional, com votação de forma manual - Zveiter disse que o TRE ainda não firmou posição.

"Vai ser feita uma auditagem, porque havia 50 votos nesta urna que queimou e, a partir desta auditagem, nós tentaremos recuperar os outros votos. Caso não consigamos, eles serão anulados".  

Por ser considerado um crime de menor potencial ofensivo, Zveiter afirmou que os candidatos detidos serão, caso eleitos, diplomados normalmente. A boca de urna é crime eleitoral com pena prevista de seis meses a um ano, podendo também ser aplicada multa entre R$ 5 mil e R$ 15 mil.

Zveiter informou ainda que, no município de Magé, foi preso um eleitor que trazia um chaveiro com uma filmadora embutida na ponta. "Ele entrava na urna, mudava a fita e voltava. Ele foi preso e o aparelho foi trazido para ser periciado no TRE".

Edição: Davi Oliveira