Sem boca de urna, Venezuela aguarda com expectativa resultado oficial das eleições presidenciais

07/10/2012 - 20h04

Carina Dourado
Enviada especial da EBC
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Caracas (Venezuela) e Brasília – Sob a proibição de pesquisas de boca de urna, a Venezuela aguarda a divulgação do resultado oficial das eleições presidenciais de hoje (7). Nas pesquisas de intenção de votos, o atual presidente, Hugo Chávez, que tenta o terceiro mandato, aparece empatado com o opositor Henrique Capriles Radonski. O adversário de Chávez reuniu 14 partidos a favor de sua candidatura.

O clima em Caracas, capital venezuelana, é de expectativa, pois o resultado é considerado incerto. A previsão das autoridades do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão máximo da Justiça Eleitoral do país, é divulgar os resultados das eleições até a meia-noite (horário de Brasília) deste domingo. Mas a previsão pode ser alterada porque a apuração oficial só começa depois de encerrada a última zona eleitoral – foram instaladas mais de 39 mil no país.

Chávez e Capriles prometem respeitar os resultados das eleições e avisam que vão se cumprimentar independentemente de quem for o vitorioso. Nas ruas de Caracas e nas redes sociais, simpatizantes dos dois candidatos disputam espaços e usam argumentos em defesa de ambos. No total, 18,8 milhões de eleitores estavam aptos a votar. Mas na Venezuela o voto é facultativo.

Pela primeira vez desde que Chávez assumiu o poder há 14 anos, as eleições no país estão polarizadas. O país se dividiu entre os simpatizantes do atual presidente e os que querem mudança com Capriles. Ambos têm discursos antagônicos, mas guardam algumas semelhanças, como a religiosidade – são católicos – e o apelo nacionalista.

Segundo as autoridades, as eleições venezuelanas de hoje ocorreram em clima de tranquilidade e calma, sem registros mais graves. As fronteiras do país com o Brasil, a Colômbia e a Guiana foram fechadas por motivo de segurança. Nos últimos dias, as autoridades apelaram para que a população fosse às urnas.
 

Edição: Lana Cristina