Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Dez dias após a chacina de nove pessoas na Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense, a comunidade promoveu hoje (18) um ato pela paz, denominado Chatuba Não É Favela. O evento teve como objetivo chamar a atenção das autoridades para o crescimento dos índices de violência na região, principalmente no local onde os jovens foram mortos.
O ato foi organizado pelo movimento Quem Cala, Consente, formado por moradores da região que reivindicam melhores condições para as comunidades locais.
“O bairro da Chatuba não é uma favela. Ele foi ocupado nos últimos meses por pessoas de fora, e a opressão está sendo em cima da população, que tem sofrido muito. Esses bandidos não são moradores [vieram de outras comunidades da mesma facção onde foram instaladas unidades de Polícia Pacificadora - UPPs]. Eles se refugiaram no bairro porque o poder aquisitivo é menor na baixada”, disse Jania Bizarelli, coordenadora do movimento. Segundo ela, a mata e as cachoeiras do Parque Natural de Gericinó, onde ocorreu a chacina, são usadas pelos moradores em atividades de lazer.
Para proteger os moradores após a chacina, a prefeitura de Mesquita está construindo um muro, de 4 metros de altura por 6 metros de comprimento, que vai bloquear um dos acessos ao parque. O paredão está sendo erguido na localidade conhecida como Curral, para dificultar o acesso de traficantes. Segundo a prefeitura, o muro começou a ser construído ontem (17) e deverá ficar pronto até amanhã (19).
Edição: Aécio Amado