Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As capitais do Egito, do Iêmen e do Irã – todos países muçulmanos – amanheceram hoje (13) em clima de tensão, pois manifestantes protestam em frente às embaixadas dos Estados Unidos e aliados dos norte-americanos nesses locais. No Cairo, capital egípcia, os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Em Teerã, capital iraniana, cerca de 500 pessoas ocuparam uma área perto da Embaixada da Suíça, enquanto no Iêmen a representação diplomática norte-americana foi ocupada por manifestantes. Em todos os locais, as reações ocorreram por causa da divulgação de um filme, produzido por um norte-americano, considerado ofensivo ao profeta Maomé e ao islamismo.
Os protestos ocorrem um dia depois de os Estados Unidos reforçarem a segurança em todas as embaixadas e consulados no exterior, após a morte do embaixador norte-americano na Líbia, John Christopher Stevens, e mais três funcionários durante um ataque de manifestantes. As autoridades norte-americanas condenaram o ataque e também os protestos.
No Egito, 13 pessoas ficaram feridas apenas no protesto de hoje que começou de madrugada. Os manifestantes, segundo as autoridades, atiraram pedras e garrafas com explosivos contra os policiais. A área onde fica a Embaixada dos Estados Unidos foi cercada por carros policiais. Ontem (12), o governo egípcio apelou para a população se conter.
No Irã, os manifestantes foram convocados por uma associação de estudantes. Com exemplares do Corão e cartazes com a fotografia do guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, os manifestantes gritaram: “Morte à América e Morte a Israel”.
No Iêmen, os manifestantes ocuparam a embaixada norte-americana, mas a polícia conseguiu retirar os funcionários do local. Antes de entrar na embaixada, os manifestantes protestaram retirando a placa que identificava as instalações diplomáticas e queimaram pneus. Na tentativa de dispersar os manifestantes, fuzileiros norte-americanos atiraram para o ar e a polícia iemenita lançou bombas de gás lacrimogêneo e usou canhões de água.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante