Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, voltou a defender que o Aeroporto Internacional do Galeão – Antonio Carlos Jobim não seja concedido à iniciativa privada, como ocorreu com os aeroportos de Brasília, Guarulhos (SP) e Campinas (SP).
Ele defendeu a proposta da presidenta Dilma Rousseff de uma parceria público-privada (PPP), em que uma empresa gestora de aeroportos se associará à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para administrar o local.
Na avaliação de Cabral, a gestão compartilhada é mais inteligente que o modelo tradicional de concessão porque fornece mais agilidade para modernizar a gestão do aeroporto. Segundo ele, o principal problema no Galeão não é a necessidade de ampliação, mas a melhoria da administração. “No Galeão, é preciso gestão. Queremos que a escada rolante funcione, que a bagagem chegue rapidamente e que o banheiro esteja limpo”, declarou.
O governador, no entanto, disse não saber se a contratação da empresa será definida por meio de licitação. “Não posso entrar em detalhes porque essa é uma decisão da presidenta Dilma”, ressaltou.
No fim do mês passado, o governo anunciou que não concederá à iniciativa privada os aeroportos do Galeão e de Confins (MG). O objetivo é evitar prejuízos à Infraero, que perderia receita com uma eventual privatização das instalações.
Cabral deu as declarações ao sair do Ministério da Fazenda. Ele participou de uma reunião com o ministro Guido Mantega, na qual assinou um acordo que permite ao estado ampliar em R$ 7 bilhões o endividamento, nos próximos anos, em troca do cumprimento de metas fiscais estabelecidas pelo Tesouro Nacional.
Edição: Lana Cristina