Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no estado de São Paulo decidiram paralisar os atendimentos em alguns postos hoje (15), durante 24 horas, em protesto por reajustes salariais e melhores condições de trabalho.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência de São Paulo (Sinsprev), 30% dos serviços estão mantidos, conforme exigido por lei. Em todo estado, segundo o sindicato, 50 agências e seis gerências do INSS aderiram à paralisação, contabilizando cerca de 3,5 mil trabalhadores parados. Na capital, 19 agências estão paradas, de um total de 33.
O INSS, no entanto, informou que a adesão não passou de 20%. Segundo o órgão, das 215 agências, seis estão completamente paralisadas e 37 funcionam parcialmente (fazendo apenas perícia médica). No restante, o atendimento é normal. Na capital, de acordo com o INSS, somente três agências estão sem funcionar.
Conforme o INSS, nas agências com funcionamento parcial, as perícias médicas têm prioridade, por responderem, em média, por 63% da demanda diária. Outros serviços estão sendo reagendados.
Os servidores querem aumento de 22,08% dos salários, os quais estariam congelados nos últimos dois anos, segundo o sindicato da categoria. O reajuste corresponde à inflação acumulada no período somada a variação do Produto Interno Bruto (PIB).
Outra reivindicação é a extensão da jornada de trabalho de 30 horas a todos os funcionários, porque apenas os servidores que ficam nas agências, o equivalente a 60% do quadro de pessoal, têm esse direito. Os servidores lotados nas gerências têm jornada de 40 horas e recebem o mesmo salário daqueles com jornada menor, de acordo com o Sinsprev.
A categoria quer paridade entre a remuneração dos servidores na ativa e a dos aposentados. Um dos argumentos é a perda, em média, de 40% do salário no momento da aposentadoria. O sindicato também pede a incorporação da gratificação por produtividade ao vencimento básico, por representar 70% do salário. Os trabalhadores querem ainda 10 mil novas contratações em todo o país.
Edição: Carolina Pimentel