Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento do processo do mensalão nesta tarde (13), após intervalo de meia hora, com as considerações da defesa do ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG). Atualmente filiado ao PSB, o ex-parlamentar é o último réu do núcleo do PTB defendido na tribuna.
Queiroz é acusado dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público, o então deputado federal intermediou pagamento de mesada, por meio do publicitário Marcos Valério, para que o PTB votasse a favor do governo no Congresso Nacional, ficando com uma parte do dinheiro para uso próprio.
A defesa deve confirmar que Queiroz sacou o dinheiro na condição de segundo-secretário da Executiva Nacional do partido e presidente do PTB-MG e, não, para influenciar sua atividade como parlamentar. Segundo justificado pela defesa nas alegações finais, a quantia foi usada para saldar dívidas de campanha das eleições municipais de 2004.
Queiroz chegou a assumir, em fevereiro do ano passado, o cargo de deputado estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais como suplente. Mas ele teve que deixar o posto quando o STF decidiu que suplentes devem pertencer ao partido do parlamentar eleito e, não, à coligação.
Antes do intervalo, o presidente Carlos Ayres Britto destacou que as defesas estão mais breves hoje e que, diante disso, o julgamento está adiantado cerca de 50 minutos. Ele apresentou aos colegas a possibilidade de o Tribunal ouvir mais um advogado além dos cinco previstos, o que adiantaria as considerações da defesa do ex-deputado federal Paulo Rocha (PT-SP) para hoje.
Edição: Lana Cristina