Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Últimos advogados a se pronunciarem na sessão de hoje (8) do Supremo Tribunal Federal, José Roberto Leal de Carvalho e Luiz Justiniano, defensores do ex-ministro de Comunicação Social Luiz Gushiken, vão reforçar o argumento de que seu cliente é inocente da acusação de peculato. A absolvição dele já foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF) por falta de provas.
Gushiken foi ministro no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele figura no processo do mensalão porque Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, disse à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios que fez antecipações de recursos do banco, pela Visanet, para a agência de publicidade DNA, a mando de Gushiken. A DNA era uma das empresas de Marcos Valério, também réu no processo do mensalão.
No entanto, para o MPF, não há provas da participação do ex-ministro no esquema. “Embora a denúncia tenha atribuído a coautoria de peculato a Luiz Gushiken, em razão de depoimentos prestados por Henrique Pizzolato, no sentido de que sempre agiu a mando de Luiz Gushiken, não se colheram elementos, sequer indiciários, que justificasse a sua condenação”, diz a peça de acusação do MPF.
Além de Gushiken, o assessor do PL, atual PR, Antonio Lamas também foi excluído da condenação por falta de provas.
Edição: Lana Cristina