Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse hoje (1º) que as concessionárias dos aeroportos que foram leiloados recentemente vão investir mais do que suas obrigações contratuais até a Copa do Mundo de 2014.
Segundo ele, a empresa responsável pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) deveria construir um terminal novo para 7 milhões de passageiros, mas está projetando, para o segundo semestre, ampliar a capacidade para 12 milhões de passageiros.
Em Viracopos (Campinas), a obrigação era a de construir um terminal para 5,5 milhões de passageiros até a Copa, mas a capacidade será 14 milhões. No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek (Brasília), o terminal era para mais 2 milhões de passageiros, mas será para 8 milhões.
“Todos eles estão investindo mais que a sua obrigação no caderno de encargos. Eles vão cumprir o prazo necessário para poder funcionar na Copa do Mundo e estão fazendo investimentos de curto prazo de melhorias, que serão sentidas nos próximos meses pela população” , disse o ministro, durante audiência pública da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados.
Bittencourt também informou que, com os recursos arrecadados com a concessão de aeroportos à iniciativa privada, o valor do Fundo Nacional de Aviação Civil vai passar de R$ 200 milhões neste ano para R$ 2,6 bilhões no ano que vem. “Com isso, teremos recursos e condições para desenvolver um programa grande e agressivo para não só melhorar a qualidade de grandes aeroportos como para aeroportos regionais”.
O ministro destacou o crescimento do setor, lembrando que, atualmente, mais pessoas viajam de avião do que de ônibus. “Cresce não só numero de passageiros, mas a quantidade de voos, o que demonstra investimentos das empresas aéreas”, disse. Segundo ele, o valor médio das tarifas e os índices de atrasos tiveram redução nos últimos anos.
Ele voltou a dizer que o governo ainda não tem uma decisão sobre a possibilidade de novas concessões de aeroportos, nem sobre o modelo que poderá ser adotado. “Estamos discutindo, mas não temos nenhuma decisão ainda. Essa é uma decisão de governo”.
Edição: Lana Cristina