Projeto de capacitação de empresas para exportação ajuda a recuperar região serrana do Rio

25/07/2012 - 17h01

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Fruto de parceria entre os governos federal e fluminense, o Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex) já identificou 172 empresas da região serrana do Rio de Janeiro com potencial exportador. A iniciativa estimula a recuperação econômica da região, duramente afetada pelas chuvas de 2011, que mataram mais de 900 pessoas.

As primeiras 172 empresas com potencial exportador identificadas pelo Peiex já estão fazendo treinamento, 87 receberam visitas técnicas e 29 estão com os diagnósticos concluídos ou em fase de conclusão. Estão previstos investimentos de R$ 500 mil na região serrana, com meta de atender a 230 empresas até 2013.

Coordenado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), do governo federal, o Peiex começou a ser implementado há um ano, pela primeira vez, no estado do Rio, em articulação com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico.

A subsecretária estadual de Comércio e Serviços do Rio, Dulce Ângela Procópio, comemorou os primeiros resultados hoje (25), durante  o Seminário Apex-Brasil: Exportar É Inovar, realizado no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Nova Friburgo.

Falando à Agência Brasil, Dulce destacou que a preparação vai além da exportação. “O projeto prepara a empresa também para a venda no mercado interno. Ou seja, se porventura essas empresas não quiserem ou não tiverem produção suficiente para exportar, elas estão aptas também para vender no mercado interno”.

A subsecretária ressaltou que o Peiex vem trazer novo estímulo à região serrana do Rio, que enfrentou em janeiro de 2011 uma das maiores tragédias climáticas da história do país. “O projeto faz parte das ações de recuperação da indústria local e do comércio”, disse a subsecretária.

A expectativa da subsecretária é que ele será prorrogado, devido aos resultados já obtidos. “A força de recuperação [da região] é muito grande”, disse Dulce. Ela acredita que, a partir da incorporação dos sindicatos metalmecânico e de moda íntima, que são bem fortes nos municípios serranos, pelo menos mais 50 empresas  irão se integrar ao Peiex.

O núcleo operacional do Peiex na região serrana do Rio funciona desde dezembro de 2011, por meio de parceria da Apex-Brasil com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O diretor de Negócios da Apex-Brasil, Rogério Bellini, esclareceu que a meta é atender, até o final deste ano, a 130 empresas entre as 172 já identificadas pelo projeto com potencial exportador.

Segundo frisou Bellini à Agência Brasil, o trabalho do Peiex é realizar a capacitação dessas empresas. “É feito um diagnóstico, são identificados quais os gargalos que devem ser explorados e, aí, o projeto propõe  uma estratégia de atuação, no sentido de  tornar essas empresas competitivas”.

Rogério Bellini admitiu que, dependendo de negociações e de parcerias que venham a ser feitas com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o Peiex pode ser expandido. Com isso, outras regiões fluminenses poderão abrigar novas unidades do projeto e, do mesmo modo, preparar suas micro, pequenas e médias empresas  para atuar no comércio exterior.

Edição: Davi Oliveira