Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Pela primeira vez desde o início da crise na Síria, há 16 meses, a oposição ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, disse que aceita um nome indicado por ele para comandar a transição política no país. A disposição em admitir uma indicação de Assad para uma eventual transição foi divulgada em comunicado pelo Conselho Nacional da Síria (CNS), principal representante oposicionista.
“Concordamos com a partida de Assad e a transferência dos poderes deste para uma das personalidades do regime para dirigir um período de transição, como o que se passou no Iêmen”, diz o porta-voz do CNS, Georges Sabra.
No entanto, ainda não houve oficialmente uma indicação de Assad de que aceitará a transição política no país. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou o início do processo de transição política na Síria, na última semana.
A crise na Síria começou em março de 2011, quando integrantes da oposição passaram a enfrentar forças do governo nas ruas das principais cidades do país. A oposição acusa Assad de autoritarismo e falta de liberdade política e de expressão, além de violações de direitos humanos.
Assad, por sua vez, alega que reage a ataques terroristas, incitados por forças externas. Observadores internacionais informam que a repressão por parte do governo é intensa e atinge crianças e mulheres. Mais de 16 mil pessoas morreram desde a eclosão da crise.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante