Pesquisa mostra que satisfação do brasileiro com a vida continua alta apesar de medo do desemprego estar maior

27/06/2012 - 16h23

Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A pesquisa trimestral Termômetros da Sociedade Brasileira, divulgada hoje (27) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que a satisfação do consumidor com a vida mantém-se em patamar elevado, embora o brasileiro esteja menos confiante em relação à manutenção do emprego do que estava há três meses.

O Índice de Satisfação com a Vida (ISV) recuou 0,6% em junho na comparação com março. É a segunda redução consecutiva, porém, para a CNI, ainda não é possível traçar uma tendência para o indicador, porque as quedas foram menores do que 1 ponto percentual, e porque o indicador mantém-se em níveis historicamente elevados.

Tanto o ISV como o Índice de Medo do Desemprego (IMD) são medidos em uma parceria da CNI com o Ibope Inteligência, em que foram ouvidas 2.002 pessoas, entre os dias 16 e 19 deste mês, em 141 municípios. Apesar da piora em junho, o IMD mantém-se perto do nível mais baixo da série histórica. Em 1999, pior (e primeiro) ano da série, o indicador aproximou-se da casa dos 110.

Assim como o IMD, o ISV é de base 100. No caso do ISV, quanto maior o número, maior a satisfação com a vida em geral. O IMD subiu de 73,5 para 74,7 entre março e junho, um aumento de 1,6%. Pela metodologia da pesquisa, quanto maior o valor, mais medo o brasileiro tem de perder o emprego. Essa elevação, segundo a CNI, deve-se, principalmente, à piora na percepção da população masculina.

Nesse estrato, o indicador subiu de 71,7 para 75. Também houve piora nos extremos das idades. Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, o indicador saiu de 74,6, em março, para 77, em junho. Na faixa etária de 50 anos ou mais, aumentou de 73,7 para 76,4, no mesmo intervalo de comparação.

Analisados em conjunto, os dois índices sugerem que as pessoas ainda estão dispostas a continuar consumindo, de acordo com a Gerência de Pesquisa e Competitividade da CNI. Para os analistas da entidade, apesar da perda de ritmo do crescimento do emprego na economia, o brasileiro, de um modo geral, continua confiante quanto a manter seu emprego.

Edição: Lana Cristina