Fiesp considera PAC Equipamentos positivo, mas que resultados não virão com a rapidez desejada

27/06/2012 - 17h53

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Apesar de considerar positiva a decisão do governo de lançar um pacote de medidas para estimular o crescimento da indústria nacional, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) avaliou que elas não serão “suficientemente rápidas para aplacar os efeitos do baixo crescimento que precisa ser combatido agora”.

Segundo a Fiesp, como as compras ainda terão de passar por processo de licitação, os resultados para o setor não virão com a rapidez desejada. Para a entidade, ainda “corre-se o risco de parte dessas aquisições virar importação, uma vez que a margem de preferência não parece suficientemente definida”.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos, anunciado hoje (27) vai disponibilizar R$ 8,4 bilhões para as compras governamentais com preferência à aquisição de produtos da indústria nacional.

A Fiesp elogiou, no entanto, a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) usada como referência para os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com a Fiesp, a medida “é importante pois reduz o desembolso das empresas no BNDES, aliviando suas despesas financeiras e ainda incentiva novas operações”.

Como medida para o curto prazo, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, defendeu a extensão do prazo para recolhimento de impostos federais e estaduais. “Dessa forma, haveria mais liquidez para todas as empresas e isso estimularia a economia como um todo”, ressaltou Skaf por meio de nota.

Segundo a Fiesp, as empresas recolhem os impostos, em média, 49 dias antes de receber dos clientes. Ainda de acordo com a federação, a ampliação em dez dias do prazo para recolhimento injetaria cerca de R$ 2 bilhões de capital de giro na cadeia produtiva da indústria de transformação.

 

Edição: Aécio Amado