Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A projeção de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano caiu pela sétima semana seguida. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 2,3% para 2,18%. Para 2013, também houve ajuste na projeção, que passou de 4,25% para 4,2%. Essas estimativas constam do boletim Focus, pesquisa feita pelo Banco Central (BC) com instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.
Com as perspectivas de menor crescimento, o governo tem tentado aquecer a economia, com redução de impostos para estimular o consumo, além de linha de crédito de R$ 20 bilhões para impulsionar os investimentos dos estados.
Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC tem reduzido a taxa básica de juros, a Selic, que encerrou 2011 em 11% ao ano e atualmente está em 8,5% ao ano. Analistas do mercado financeiro esperam por mais cortes na taxa, que deve ficar em 7,5% ao ano no final de 2012.
A expectativa dos analistas para o crescimento da produção industrial, neste ano, passou de 0,63% para 0,5%. Para 2013, a expectativa é que haja recuperação, com crescimento de 4,2%, ante 4% previstos anteriormente.
O boletim Focus também traz a projeção para a cotação do dólar, que permanece em R$ 1,95, ao fim deste ano, e em R$ 1,90 para o final de 2013.
A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi mantida em US$ 20 bilhões, em 2012, e em US$ 15 bilhões, no próximo ano.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa passou de US$ 66 bilhões para US$ 65 bilhões, este ano, e de US$ 74,3 bilhões para US$ 71,5 bilhões, em 2013.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) passou de US$ 55,1 bilhões para US$ 55 bilhões, em 2012, e de US$ 60 bilhões para US$ 59 bilhões, no próximo ano.
A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 35,7%, este ano, e alterada de 34,25% para 34%, em 2013.
Edição: Juliana Andrade