Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O fim da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, nesta sexta-feira (22), também marca o encerramento da maior parte da vasta programação cultural gratuita relacionada ao evento, que, desde o último dia 13, vem atraindo centenas de milhares de cariocas e visitantes.
A recordista de público foi a exposição montada no Espaço Humanidade 2012, no Forte de Copacabana, na zona sul do Rio. Segundo a organização do evento, cerca de 200 mil pessoas já visitaram a mostra, que une tecnologia, educação e arte com o objetivo de conscientizar e engajar a população nos temas que envolvem o desenvolvimento sustentável.
Diariamente, o público tem formado filas de até 500 metros, ao longo da Rua Francisco Otaviano, que dá acesso ao forte, para ver a exposição concebida pela premiada cenógrafa e diretora teatral Bia Lessa. O Espaço Humanidade também teve uma concorrida programação de shows musicais, que será encerrada às 19h30m, com um show do cantor e compositor Zeca Pagodinho. Os ingressos, limitados a 350 pessoas, serão distribuídos uma hora antes, em um quiosque na Praia de Copacabana, próximo à Rua Miguel Lemos.
No entanto, outra exposição recordista de público e que une as temáticas ambiental, cultural e histórica, permanece em cartaz por mais um mês, até 22 de julho. Amazônia – Ciclos de Modernidade, inaugurada no final de maio no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), traça um roteiro da cultura amazônica por meio de sua arte, arqueologia e urbanismo, desde o século 18 até a contemporaneidade.
A mostra, com curadoria do crítico Paulo Herkenhoff, também utiliza a tecnologia para proporcionar ao público uma viagem pela cultura visual da floresta. De acordo com a assessoria de imprensa do CCBB-Rio, mais de 100 mil pessoas já visitaram a exposição, que fica aberta de terça-feira a domingo, das 9h às 21h.
No Parque do Flamengo, onde também chega ao fim nesta sexta-feira a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20, termina às 17h a visitação à exposição Projeto Paisagem, do artista plástico Vik Muniz, que, a partir de lixo reciclável doado pelos próprios visitantes, está criando, desde o dia 13, uma obra de arte inspirada na Baía de Guanabara. É outra mostra de grande sucesso de público, com extensas filas de pessoas levando sacolas com garrafas PET e outros objetos recicláveis para dar sua contribuição à criação da obra.
Ao lado, no Museu de Arte Moderna (MAM), o público tem a chance de mais um dia para visitar outro destaque da programação cultural da Rio+20. Trata-se da videoinstalação Brasil Cerrado, do artista plástico goiano Siron Franco. Criada especialmente para a conferência da ONU, a obra tem o objetivo de conscientizar as pessoas para a urgência da preservação das belezas do Cerrado brasileiro. A instalação pode ser vista das 11h às 19h.
No Museu da República, no Catete, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), realiza, às 16h30 de hoje, evento para marcar, de forma simbólica, o encerramento da programação do roteiro elaborado pelo órgão federal com as atividades de mais de 50 museus e instituições culturais do Rio e de outras cidades fluminenses, durante o período da conferência. O Roteiro Cultural Museus Rio+20 foi disponibilizado na internet, no site www.museus.gov.br e distribuído em versão impressa.
Com o objetivo de chamar a atenção para o papel da memória na construção de uma cultura de sustentabilidade, uma “cápsula do tempo” será enterrada nos jardins do Museu da República, para ser aberta daqui a 20 anos. Dentro da cápsula, objetos que testemunham a época atual e que fazem alusão à própria Rio+20.
A lista inclui jornais com matérias sobre a conferência da ONU, uma moeda de R$ 1, material sobre o Programa de Coleta Seletiva Solidária do Estado do Rio de janeiro, objetos confeccionados durante oficinas de reciclagem e um folder do Circuito Verde de Museus, outro roteiro organizado pelo Ibram para esse período.
Às 17h, a Orquestra Villa-Lobos encerra oficialmente a programação do Museu da República com apresentação musical de alunos provenientes de comunidades de baixa renda da cidade do Rio de Janeiro.
Acompanhe a cobertura multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na Rio+20.
Edição: Lana Cristina