Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Após sofrer ontem (11) duas paradas cardíacas, o ex-presidente do Egito Hosni Mubarak, de 84 anos, acusou as autoridades egípcias de quererem matá-lo. Ele cumpre pena de prisão perpétua em um hospital militar no Cairo, capital egípcia. No último dia 2, Mubarak recebeu a condenação, depois de ser apontado como um dos responsáveis pela morte de 850 ativistas que protestavam contra seu governo no ano passado.
Médicos que atendem Mubarak na área hospitalar da prisão de Tora, no Cairo, disseram que ele alterna momentos de lucidez e inconsciência. Também contaram que o ex-presidente recusa a alimentação.
De acordo com os médicos, o estado de saúde de Mubarak piorou depois de chegar à penitenciária, na qual foi colocado na área hospitalar. Para os especialistas, ele sofre de depressão aguda, além de ter dificuldades respiratórias e hipertensão.
Farid El Dib, principal advogado de Mubarak, o visitou no dia 9 deste mês e disse que o estado de saúde dele é crítico. Segundo o advogado, Mubarak reiterou que se sente ameaçado de morte. As autoridades egípcias estudam a possibilidade de transferi-lo para um hospital da capital.
Mubarak renunciou ao poder há 16 meses, depois de governar o Egito por mais de 30 anos. Pressionado por manifestantes e pela comunidade internacional, o ex-presidente renunciou em 11 de fevereiro de 2011 em meio a protestos e manifestações violentas no país.
*Com informações da emissora pública de rádio, RFI//Edição: Graça Adjuto