Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Começou hoje (25) o julgamento do prefeito cassado de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), acusado pelo Ministério Público Estadual de ter participado de um esquema de fraude em licitações.
A denúncia, formulada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Campinas, é resultado de investigações iniciadas em setembro de 2010, quando foi descoberto um esquema de fraude em licitações envolvendo a prefeitura e a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas (Sanasa). Hoje (25), o juiz Nelson Bernardes, da 3ª Vara Criminal de Campinas, começou a ouvir as 12 testemunhas de acusação.
Vilagra, que era vice-prefeito, assumiu a prefeitura em agosto, após o então prefeito, Hélio de Oliveira Santos (PDT), ser cassado por envolvimento em transações fraudulentas, entre elas, esta que envolve a Sanasa. Em dezembro, os vereadores aprovaram também o impeachment de Vilagra. Desde então, o cargo está sendo ocupado pelo ex-presidente da Câmara Municipal Pedro Serafim (PDT).
Além de Vilagra, também são réus Rosely Nassim Jorge Santos, esposa de Santos e ex-secretária-chefe de Gabinete da Prefeitura, Francisco de Lagos, ex-secretário de Comunicação, Carlos Henrique Pinto, ex-secretário municipal de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, Ricardo Cândia, ex-diretor de Planejamento da Prefeitura, e Luiz Augusto Castrillon de Aquino, ex-presidente da Sanasa. Eles são acusados por formação de quadrilha, corrupção e fraudes em licitação.
Os réus arrolaram 34 testemunhas de defesa. Do total, 19 devem ser ouvidas presencialmente e as demais, por intemédio de cartas precatórias.
Por meio de seu Twitter, Demétrio Vilagra alegou inocência. “Espero que agora a Justiça comprove o que venho dizendo desde o início: não cometi nem participei de nenhuma irregularidade”.
Edição: Rivadavia Severo