Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Pelo segundo dia seguido, o dólar fechou em leve queda. Desta vez, cotado a R$ 2,029, redução de 0,49% em relação ao fechamento de quarta-feira (23). O dólar turismo encerrou o dia custando R$ 2,18. Para tentar conter a alta do dólar dos últimos dias, o Banco Central (BC) fez mais duas operações de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro.
No primeiro leilão, foram vendidos US$ 507,8 milhões e, no segundo, US$ 54,7 milhões. Na primeira intervenção, foram ofertados 40 mil contratos e aceitos 10,2 mil. Na segunda operação, dos 40 mil contratos ofertados, 1,1 mil foram aceitos. Foi o terceiro dia seguido de intervenção do BC.
“Não acho que [a queda do dólar] seja um reflexo direto das ações do Banco Central. Em um cenário de crise, com qualquer evento novo, as pessoas têm a tendência de 'hiper-reagir'. E, agora, o que está acontecendo é que a reação enfraqueceu”, analisou o professor de economia Samy Dana, da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV).
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também encerrou o dia em baixa, com desvalorização de 1,02%, aos 54.063 pontos. Foi o terceiro dia consecutivo de queda. Na semana, a bolsa acumula declínio de 0,83%.
Para o professor da FGV, a Bovespa não está apresentando atratividade suficiente aos investidores internacionais, o que pode explicar a desvalorização das ações. “A Bolsa de São Paulo é complicada, tem custos altos e, além disso, as ações [de empresas brasileiras] são de [empresas de] famílias, que sempre terão 50% dos papéis. [O comprador] é voto vencido”, destacou.
Edição: Vinicius Doria