Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O Metrô de São Paulo alterou hoje (23), durante audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), quatro dos dez itens que travavam a negociação com os metroviários, que deflagraram greve na manhã desta quarta. A companhia aceitou a sugestão, feita ontem pelo TRT, e concordou em aumentar o vale-refeição diário para R$ 23, o valor mensal do vale-alimentação para R$ 218 e propôs elevar o adicional de periculosidade para 15% .
No entanto, com relação ao reajuste salarial, a empresa aceitou subir para apenas 6,17% a somatória da correção da inflação e do aumento real, proposta aquém da feita pelo TRT, de reajuste de 6,45%. Outras propostas dos metroviários poderão ser acatadas futuramente depois de debates nas comissões conjuntas de trabalhadores e empregador.
O tribunal sugeriu à companhia que diluísse a diferença da proposta de reajuste (de 6,17% para 6,45%), do aumento no vale-refeição, mas a proposta não foi aceita pelo Metrô. “Diante da situação, é uma proposta possível. Satisfeitos não estamos. Mas quem vai decidir é a assembleia dos trabalhadores”, disse o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo.
Caso a proposta seja aceita pelos trabalhadores, em assembleia que será realizada daqui a pouco, os metroviários se comprometeram a voltar ao trabalho imediatamente. A proposta inicial do Metrô era reajuste salarial de 5,71% - pelo de Índice de Preços ao Consumidor (IPC/Fipe) mais 1,5% de aumento real – além do reajuste de todos os benefícios.
A audiência de conciliação começou por volta das 12h e ainda prossegue para o registro dos termos. Os metroviários reúnem em seguida para avaliação do acordo.
Edição: Lana Cristina