Da Télam
Brasília - Um atentado à bomba na zona financeira de Bogotá, capital da Colômbia, deixou cinco mortos e cerca de 30 feridos. O alvo do atentado era o ex-ministro colombiano Fernando Londoño, que ficou ferido, mas não corre risco de morrer. As autoridades colombianas evitam fazer especulações sobre os autores da violência.
As primeiras informações davam conta de que uma carga de explosivos teria sido colocada em um ônibus do transporte público. Mas depois, ganhou força a versão de que a bomba foi jogada por dois homens que estavam em uma motocicleta sobre a caminhonete do ex-ministro.
Entre os mortos estão o motorista e um segurança de Londoño, que foi titular da pasta do Interior na gestão do presidente Álvaro Uribe (2002-2010). Lodoño sofreu ferimentos no rosto e no tórax. Os outros mortos, ainda não confirmados, seriam o motorista do ônibus e dois pedestres. A maioria dos feridos foi transferida para a Clínica El Country.
A explosão foi na esquina da Rua 74 com a Avenida Caracas e deixou, pelo menos, 30 pessoas feridas e sete veiculos danificados. Vários edifícios próximos tiveram os vidros destruídos. Rapidamente, a polícia isolou a área para procurar por outros explosivos e impedir o acesso de manifestantes encapuzados que participavam de um protesto no centro da cidade. O presidente Juan Manuel Santos expressou seu "mais enérgico repúdio" ao episódio e pediu aos colombianos que "tenham segurança de que o governo não vai perder o rumo por causa desses atos terroristas".
O jornal diário El Espectador publicou na internet uma foto em que Lodoño aparece de pé, com sangue no rosto. A mulher dele, a jornalista Margarita de Londoño, disse à rádio Caracol que o marido foi levado para uma clínica no norte da cidade.
Aos 78 anos, membro do Partido Conservador - integrante da aliança que respaldou a gestão de Uribe - e de posturas marcadamente de direita, Londoño foi ministro do Interior e Justiça entre 2002 e 2004.
Além do atentado, na manhã de hoje foi desativado um carro-bomba que, supostamente, iria ser detonado em frente ao comando da Polícia Metropolitana de Bogotá. As autoridades estão investigando se os dois fatos estão relacionados. O carro-bomba, que teria 146 barras de explosivos, foi encontrado bem perto do comando policial, em um bairro populoso do centro da capital colombiana. O prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, repudiou o atentado ao advertir que "o terror busca paralisar a sociedade" e que "a melhor resposta [ao terror] é ativar e mover a sociedade". A prefeitura ofereceu uma recompensa de US$ 56 mil por informações que permitam identificar os responsáveis pelo atentado.
Fontes militares citadas por jornais de Bogotá e a agência cubana Prensa Latina especularam que o atentado poderia ser obra de pequenos grupos residuais de organizações paramilitares que elegeram o dia de hoje para vincular as explosões aos protestos populares contra a entrada em vigor do tratado de livre comércio com os Estados Unidos.