Senadores querem que prefeitura intervenha na alta dos preços de hotéis para a Rio+20

10/05/2012 - 14h39

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou hoje (10) o requerimento do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) cobrando do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, providências sobre o elevado preços dos hotéis na cidade durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho, na capital fluminense. No requerimento, os senadores pedem a Paes a intervenção da prefeitura no setor de hotéis no Rio de Janeiro.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que participou de audiência pública na comissão, apoiou o requerimento. Segundo ele, a alta dos preços cobrados pela hospedagem no período da Rio+20 preocupa. “É um assunto que nos preocupa de fato. Nós queremos que a conferência seja o mais inclusiva possível”, disse ele.

A previsão é que mais de 100 chefes de Estado e de Governo participem da Rio+20, cujas discussões das autoridades de primeiro escalão estão marcadas para o período de 20 a 22 de junho. “Já temos um número expressivo de confirmações [de autoridades estrangeiras]. Esperamos que a situação dos hotéis se resolva de maneira que permita ampliar o número de participantes”, disse.

Patriota rebateu as críticas sobre o esvaziamento dos debates. Segundo ele, a Rio+20 será um marco internacional em preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde, definindo um novo padrão para o setor.

“A liderança brasileira tem sido muito demandada e há uma grande confiança nela. Inclusive falei recentemente com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban ki-moon, que voltou a enfatizar a confiança que ele deposita no país anfitrião [o Brasil] e que é possível estabelecer um padrão de desenvolvimento sustentável”, disse o chanceler.

De acordo com Patriota, durante os debates será discutida uma nova referência sobre questões econômicas, sociais e ambientais. “[Tudo isso] sem negligenciarmos as áreas a que a gente precisa dar uma atenção e fazer progresso”, disse o ministro, após participar da audiência no Senado.

Edição: Juliana Andrade