Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Um estudo, divulgado na publicação de saúde Malaria Journal, mostra que o mosquito transmissor da malária na África apresenta, em testes de laboratório, resistência a medicamentos fortes disponíveis. O alerta dos especialistas é que há ameaças de perda de eficácia dos tratamentos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 655 mil pessoas morreram em 2010 por malária, que é a quinta principal causa de morte nos países subdesenvolvidos.
Especialistas britânicos observaram que o parasita Plasmodium falciparum resiste ao Artemeter (medicamento utilizado no combate à malária). Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 28 pacientes contaminados. Em 11 casos, houve resistência ao medicamento.
Os pacientes examinados contraíram a doença durante viagem a países africanos. A região que mais sofre com a malária é a África Subsaariana. Para os pesquisadores, a resistência ao tratamento foi causada por mutações genéticas no parasita, transmitido por picadas de mosquitos infectados.
O parasita Plasmodium falciparum é responsável por 90% das mortes por malária. Na África Subsaariana, ocorrem 90% das mortes por malária ocorridas anualmente em todo o mundo. Em Moçambique ontem (26), foi localizado o corpo do brasileiro Marcelo Tosin Furlanneto, de 23 anos, em Lamego, na província de Sofala, na região central do país.
A suspeita, segundo os investigadores, é que Furlanneto tenha morrido em decorrência de complicações causadas pela malária. De acordo com amigos do brasileiro, ele se queixou de dores de cabeça nos dias anteriores à sua morte. O corpo dele deve ser transportado amanhã (28) para o Brasil.
Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto