Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Em greve desde o dia 13 de abril, trabalhadores da saúde do estado de São Paulo fizeram um ato na manhã de hoje (20) na Avenida Paulista, com concentração na sede do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Por volta de meio-dia, os manifestantes seguiram em caminhada, ocupando duas faixas da Avenida Paulista, para a sede da Secretaria de Gestão Pública do Governo do Estado, localizada na Rua Bela Cintra. O objetivo era pressionar o órgão a abrir negociação com a categoria.
A manifestação teve início após a reunião do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde (Sindsaúde) com a Coordenação de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde do Estado. De acordo com Benedito Oliveira, presidente do Sindsaúde, os representantes do governo apontaram a possibilidade de uma mesa de negociação com secretários estaduais para a próxima semana. “Mas nenhuma proposta foi apresentada ainda”, disse o presidente.
Segundo Benedito Oliveira, as tentativas de diálogo com o governo estadual iniciaram ainda em 2011 e se intensificaram em março deste ano. A data-base dos trabalhadores é em 1° de março. Dentre outras reivindicações, os trabalhadores pedem um aumento real de 26%; reajuste do auxílio-alimentação e regulamentação da jornada de 30 horas para toda a categoria.
A Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo informou que mantém um diálogo com o SindSaúde-SP em relação à nova pauta de reivindicações e as conversas são mantidas em conjunto com a Secretaria de Gestão. Em nota, a Secretaria informou que espera que os servidores não interrompam o atendimento, de modo a não prejudicar a população usuária do SUS (Sistema Único de Saúde) no Estado.
Dos 203 serviços de saúde ligados à Secretaria de Saúde no estado, seis registraram interrupções parciais, de consultas e procedimentos eletivos (não urgentes) na manhã de hoje. Em alguns serviços, embora haja manifestantes na porta, o atendimento à população está normal. A secretaria decidiu cortar o ponto dos servidores estaduais em greve que paralisarem ou tiverem paralisado suas atividades no horário do expediente.
A secretaria considerou um absurdo que sindicalistas tentem impedir a entrada de pacientes nos serviços, prestando informações falsas à população na porta dos hospitais. A orientação é para que a população entre no hospital mesmo se for informada por sindicalistas de que há paralisação do atendimento.
Edição: Fábio Massalli