Medidas de estímulo à indústria devem surtir efeito na economia no segundo semestre, diz Simpi

03/04/2012 - 15h31

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo- O presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, recebeu com otimismo o anúncio feito hoje (3) pelo governo brasileiro de medidas para incentivar a atividade industrial. Na avaliação dele, no entanto, ainda vai demorar, pelo menos, de 60 a 90 dias para que as empresas possam de fato começar a usufruir dos benefícios como, por exemplo, a redução da carga tributária.

Para Couri, as medidas atendem ao anseio da esmagadora maioria das empresas. Ele citou como exemplo, a maior facilidade de crédito e tomada de financiamento a juros mais baixos, o que, acredita, irá provocar um aumento dos investimentos na área produtiva. Couri também classificou como “muito bom” o fato de o governo ampliar o leque de empresas que poderão negociar a desoneração da folha de pagamento em troca de uma parte do faturamento.

No entanto, o presidente do Simpi prevê que a retomada do aquecimento das micro e pequenas indústrias só deverá causar algum impacto positivo sobre a economia do país apenas no segundo semestre deste ano.

“Mais importante do que todos esses incentivos foi a pré-disposição da presidenta Dilma Rousseff e dos ministros em anunciar novas medidas caso sejam necessárias em defesa do parque fabril brasileiro”, defendeu o líder empresarial.

Ele informou que antes das medidas anunciadas, a projeção do Simpi era um crescimento do setor industrial em 4% neste ano, o que não vinha sendo confirmado no desempenho constatado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que indicou queda de 3,9%, em fevereiro. “Agora vamos ter de refazer os cálculos”, disse Couri.

Edição: Fábio Massalli