Roberta Lopes *
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente francês, Nicolas Sarcozy, disse hoje (22) que o país vai adotar medidas para reprimir o terrorismo, depois do ataque a uma escola judaica na segunda-feira (19), em Toulouse. Sete pessoas morreram. Sarkozy defendeu a criação de medidas penais contra pessoas que consultam regularmente sites considerados radicais ou que viajam a outros países para serem doutrinadas.
O autor dos ataques, Mohamed Merah, que se disse militante islâmico, morreu hoje em Toulouse, depois que policiais invadiram sua casa após um cerco de mais de 30 horas. Ele declarou ser da Al Qaeda e que já tinha viajado para o Afeganistão e o Paquistão.
“A partir de agora, qualquer pessoa que consulte sites que fazem apologia ao terrorismo ou que apelam à violência será punida legalmente”, disse Sarkozy, no Palácio do Eliseu.
“Qualquer pessoa que se desloque ao estrangeiro para acompanhar o trabalho de doutrinação de ideologias que levam ao terrorismo, será punida criminalmente”, acrescentou.
Sarkozy apelou aos franceses para não tomarem medidas contra os muçulmanos. “Os nossos compatriotas muçulmanos não têm nada a ver com as motivações de um terrorista louco. Não se deve fazer qualquer confusão. Antes de tomar como alvo crianças judias, o atirador disparou à queima-roupa sobre muçulmanos”, lembrou.
Merah – nascido em Toulouse, de família argelina - atirou, esta semana, contra a escola judaica Ozar Hatorah, matando três crianças e um professor que era rabino. Ele também atirou à queima-roupa contra mulçumanos em uma região próxima a Toulouse.
*Com informações da Agência Lusa//Edição: Graça Adjuto//Matéria alterada para atualização de informações.