Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Força de Pacificação do Exército que ocupa os complexos de favelas do Alemão e da Penha informou hoje (12) que está acompanhando a investigação da Polícia Civil sobre a tortura de um morador da Vila Cruzeiro, na Penha. O jovem acusa os militares de o terem detido e torturado no sábado (10).
Segundo o assessor de comunicação da Força de Pacificação, coronel Fernando Fantazzini, a investigação está inicialmente a cargo da Polícia Civil. Mas, se for confirmada a denúncia e a participação de militares no crime, o Exército poderá investigá-los e puni-los por desvio de conduta.
O oficial explicou que o Exército já havia aberto um inquérito policial militar (IPM) no sábado de manhã, porque o pai do jovem procurou a Força de Pacificação, depois de constatar que seu filho havia desaparecido. O mesmo IPM poderá ser usado para investigar o envolvimento de militares na tortura.
“Se o nosso inquérito policial militar desembocar [na constatação de um] desvio de conduta, todos os envolvidos serão punidos com o rigor da lei e responderão no inquérito civil também”, disse o coronel.
Depois da suposta tortura do jovem, foram registrados, no próprio sábado, protestos de moradores e ataques de criminosos contra militares na Vila Cruzeiro.
Edição: Graça Adjuto