Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ao visitar ontem (7) Havana, capital cubana, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, tentou convencer os presidentes de Cuba, Raúl Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez, a compacer à Cúpula das Américas, em 14 e 15 de abril, em Cartagena, na Colômbia. A reunião é promovida pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Ao fim do encontro, Santos disse que Cuba não estará presente à cúpula.
O evento está ameaçado, pois oito líderes de países da região - sob a coordenação dos presidentes de Cuba, da Venezuela, do Equador e da Bolívia - avisaram que pretendem boicotar o evento devido à exclusão dos cubanos. Por não integrar a OEA, Cuba foi excluída da reunião a pedido do governo dos Estados Unidos.
A eventual participação de Cuba na reunião ocorre no momento em que cubanos e norte-americanos retomaram as discussões sobre o embargo econômico - imposto a Cuba desde 1961. Sob as restrições dos Estados Unidos, o governo de Cuba tenta driblar as dificuldades adotando medidas de abertura do mercado para o exterior.
Santos lamentou a ausência de consenso para negociar a participação de Cuba na cúpula. Mas não mencionou como avançam os acordos para tentar garantir que a Venezuela, o Equador e a Bolívia estejam presentes no evento. A presidenta Dilma Rousseff deverá participar das reuniões.
“Eu vim falar com o presidente Raúl Castro e com o governo cubano do papel de Cuba na cúpula e reforçar nossas relações, que são boas, mas toda relação pode ser melhorada”, disse Santos, que também conversou com Chávez - que está em Havana para o tratamento contra o câncer.
*Com informações da Presidência da República da Colômbia e da emissora pública de rádio da França, RFI//Edição: Graça Adjuto