Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Sindicatos e associações que representam os transportadores autônomos no país planejam fazer um protesto nacional, como o que ocorreu em São Paulo esta semana e que provocou desabastecimento de combustíveis em vários postos da cidade. Por meio de nota, o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP), Norival Almeida Silva, informou que 23 entidades de caminhoneiros estão preparando o protesto contra, segundo ele, “as restrições exageradas e outros desmandos que afetam o transportador autônomo nas grandes cidades”.
Para Silva, a estratégia dos caminhoneiros de São Paulo deu certo. “Nossa estratégia foi parar, principalmente, o segmento de transporte de combustível durante três dias. Assim, o desabastecimento do produto viria de imediato, chamando a atenção do município de São Paulo, além de alertar as autoridades das demais cidades que estão adotando a restrição desmedida a caminhões, como a região do ABCD [Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema, na região metropolitana de São Paulo] e Osasco”.
A paralisação dos caminhoneiros paulistas começou na segunda-feira (5), como protesto à proibição imposta pela prefeitura ao tráfego de veículos pesados na Marginal Tietê e em outras vias importantes da cidade nos horários de pico. Na noite de terça-feira (06), a Justiça de São Paulo concedeu liminar determinando a retomada da entrega de gasolina, etanol e óleo diesel aos postos, com multa diária de R$ 1 milhão aos sindicatos, caso a ordem não fosse cumprida. Ontem (07), o transporte de combustíveis foi retomado.
Edição: Vinicius Doria