Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para as famílias com rendimentos mensais até 2,5 salários mínimos, ficou em 0,25% em fevereiro. O resultado é inferior ao apurado um mês antes, quando a taxa havia ficado em 0,86%. O IPC-C1 acumula alta de 5,36% nos últimos 12 meses e de 1,12% no ano.
O resultado divulgado hoje (6) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) é o primeiro a utilizar o novo método de cálculo revisado pela instituição com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 2008 e 2009.
No mês, o IPC-C1 ficou praticamente igual à taxa de inflação para o conjunto de famílias com rendimentos até 40 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que fechou fevereiro em 0,24%.
De acordo com o levantamento, quatro das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram decréscimo. Pesaram menos no bolso do consumidor os gastos com alimentação (de 0,58% para -0,04%), com destaque para hortaliças e legumes (de 7,17% para -2,71%); educação, leitura e recreação (de 3,54% para 0,17%), principalmente cursos formais (de 9,87% para 0,02%); transportes (de 3,25% para 0,71%), especialmente ônibus urbano (de 3,60% para 0,78%); e despesas diversas (de 0,29% para 0,27%), com a influência de animais domésticos (de 2,59% para 0,45%).
Ficaram mais caros ou diminuíram o ritmo de queda os preços de vestuário (de -0,2% para -0,04%) e saúde e cuidados pessoais (0,24% para 0,39%).
O grupo habitação repetiu a taxa de variação registrada na última apuração, 0,38%.
Edição: Lílian Beraldo