Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Yukiya Amano, apelou hoje (5) para que os representantes dos países que integram a instituição participem da elaboração dos relatórios sobre o programa nuclear iraniano. O programa é alvo de suspeitas internacionais sobre a produção de armas atômicas, embora as autoridades iranianas neguem as acusações. Até sexta-feira (9), o assunto é tema de reuniões em Viena, na Áustria.
“[A Aiea] continua a ter sérias preocupações sobre uma possível dimensão militar do programa nuclear iraniano”, disse Amano. No mês passado, peritos internacionais estiveram pela segunda vez no Irã para conversar sobre o programa nuclear do país. Eles não receberam, no entanto, autorização para vistoriar as usinas nucleares.
O Conselho dos Governadores – que é o comando da Aiea - aprovou uma resolução, que tem peso de sugestão, condenando o Irã e pedindo a colaboração plena e imediata para esclarecer as dúvidas. As autoridades iranianas informaram que foi reforçada a produção de urânio enriquecido. Com o enriquecimento a 20%, os iranianos se aproximam da tecnologia para a produção de armas atômicas.
De acordo com especialistas, a produção de armas atômicas exige o enriquecimento de urânio a 90%. Porém, as autoridades iranianas informaram que o enriquecimento de urânio tem o objetivo exclusivo de alimentar os reatores das usinas cujos projetos têm fins pacíficos.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto