Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As autoridades do Irã negaram o fracasso da retormada de negociações com a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Os peritos foram impedidos de ingressar em uma área militar em Parchin, a cerca de 30 quilômetros a oeste de Teerã, ligada ao programa nuclear. Mas o embaixador do Irã na Aiea, Ali Asghar Soltanieh, disse que o diálogo entre seu país e o órgão continuará no futuro.
"O diálogo terá continuidade no futuro", disse Soltanieh. Ele se referiu ao fato de depois de dois dias de negociações em Teerã, os inspetores da agência das Nações Unidas não receberem autorização para entrar na Central de Parchin, nem poder esclarecer as dimensões militares do programa iraniano.
A Aiea informou que os inspetores do órgão, que estão no Irã, foram impedidos de visitar uma área militar ligada ao programa nuclear do país. De acordo com funcionários, houve intensas discussões durante os dois dias em que a agência pediu acesso às instalações militares, mas sem acordo.
O diretor-geral da Aiea, Yukiyo Amano, disse estar desapontado com o fato de o governo do Irã não ter autorizado as requisições da agência. Na semana passada, o país mostrou, na emissora estatal de televisão, os novos equipamentos destinados à produção de combustível nuclear. O governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad nega as acusações e informa que o programa tem fins pacíficos
No entanto, a comunidade internacional mantém a desconfiança. Tanto é que o governo dos Estados Unidos lidera campanha para intensificar as restrições ao Irã. Desde 2010, foram ampliadas as sanções econômicas, comerciais, financeiras e militares ao país.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto