Mariana Jungmann e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Deputados norte-americanos ligados aos setores de aviação e de transportes assumiram hoje (8) o compromisso de analisar a documentação brasileira sobre o acidente com o avião da Gol que caiu na Amazônia em 2006, deixando 154 mortos. Eles tiveram várias reuniões com uma comitiva brasileira que foi aos Estados Unidos com a missão de pedir que os órgãos de controle do país condenem os pilotos Joseph Lapore e Jan Paul Paladino com a cassação de seus brevês. Entre os integrantes da comitiva estão dois deputados da Comissão de Relações Exteriores da Câmara: Dimas Ramalho (PPS-SP) e Geraldo Thadeu (PSD-MG).
“Todos ficaram de manter contato com a agência americana ligada à aviação, e ficaram muito impressionados com o que contamos, porque eles achavam que o assunto já estava encerrado”, disse à Agência Brasil o deputado Dimas Ramalho (PPS-SP), autor do requerimento que instituiu a missão brasileira.
Os dois pilotos foram condenados no Brasil a quatro anos de prisão, pena convertida em serviços comunitários a serem cumpridos nos Estados Unidos, e uma multa de R$ 3,5 mil pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No órgão americano ligado à aviação civil, no entanto, não houve nenhuma condenação. Por isso, Ramalho e Thadeu pediram aos colegas maericanos que conheçam melhor os detalhes do acidente e tomem providências para a devida punição dos pilotos.
“Não tem sentido que os dois pilotos que deram ensejo a um dos maiores acidentes da aviação do Brasil e do mundo continuem a pilotar na aviação comercial como se nada tivesse acontecido”, declarou Ramalho.
Entre os parlamentares americanos que receberam os brasileiros, estava o presidente da Subcomissão de Aviação da Câmara dos Estados Unidos, Tom Petri, que se comprometeu a manter contato com os deputados brasileiros e dar retorno após a análise dos documentos.
A comitiva brasileira vai permanecer em Washington até sexta-feira (10), onde terá ainda encontros com o cônsul-geral do Brasil, Luiz Augusto de Araújo Castro, e o embaixador Mauro Vieira. Até lá, outros encontros com parlamentares e autoridades americanas ainda podem ser agendados.
Edição: Aécio Amado
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