Anfavea mantém previsão de aumento das vendas de veículos entre 4% e 5% neste ano

06/02/2012 - 15h36

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A previsão de aumento entre 4% e 5% nas vendas de veículos ao mercado interno do setor atacadista, para 2012, foi mantida pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Embora a comercialização tenha apresentado queda de 23% em janeiro, na comparação com dezembro de 2011, o volume é o maior já registrado para um mês de janeiro, com um total de 268,3 mil veículos licenciados no período.

Na avaliação do presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, o bom desempenho verificado em janeiro, diante do mesmo mês em outros anos, reflete a flexibilização da política econômica para reaquecer o mercado interno com a redução da taxa de juros. Ele sinalizou que as montadoras continuam apostando na capacidade de compra dos consumidores brasileiros apesar de a produção ter apresentado queda de 19,2% sobre dezembro e de 11,4%, na comparação com janeiro do ano passado.

Essa redução, segundo o executivo, deve-se a um ajuste de estoques e à concessão de férias coletivas nesse período. No entanto, conforme a previsão da Anfavea, em 2012, o ritmo de crescimento das atividades nas fábricas instaladas no país ficará abaixo da demanda doméstica, que apresenta alta entre 2% e 3%.

O número de postos de trabalho gerados no primeiro mês do ano teve ligeira elevação de 0,3% sobre dezembro de 2011 e de 5,4% em relação a janeiro de 2011. Em dezembro do ano passado, o setor empregava 144.634 pessoas e em janeiro do mesmo ano, 137.660. Agora, o setor tem 145.134 trabalhadores.

A participação dos veículos importados na produção continua expressiva com taxa de 25,3% em janeiro ante 27%, em dezembro, e de 23,5% , em igual período de 2011.

Perguntado sobre a expectativa do setor em torno do acordo automotivo entre o Brasil e o México, Belini defendeu mais uma vez a continuidade da parceria. Sua expectativa é que se algo for revisto será no sentido de ampliar a parceria bilateral. Quanto às restrições impostas pela Argentina, que, desde o dia 1º deste mês, cobra dos importadores uma declaração que burocratiza a operação, o presidente da Anfavea disse considerar que será uma situação passageira. Para ele, é natural que o país vizinho queira proteger-se em momento de crise.

Pelas projeções apresentadas por Belini, porém, o Brasil venderá 5% menos unidades neste ano ao exterior. Em janeiro, o volume financeiro com as exportações diminuiu 8,8%, totalizando US$ 1,16 bilhão ante US$ 1,28 bilhão, em dezembro. Em relação a janeiro do ano passado, houve um aumento de 22,9%.


Edição: Lana Cristina