Carolina Gonçalves*
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O secretário de Conservação do Município do Rio, Carlos Roberto Osório, disse hoje (27) que até a noite de ontem (26) foram recolhidos do local do desabamento dos três prédios no centro da capital fluminense, 15 mil toneladas de entulho em 400 caminhões. Os escombros foram levados para o canteiro de obra da prefeitura do Rio na zona portuária. A expectativa é que o trabalho de remoção se estenda até domingo.
“O trabalho foi mais intenso durante a madrugada”, disse o secretário anunciando que um novo balanço será dado no início da tarde.
No local dos desabamentos, onde os bombeiros trabalham com escavadeiras, há focos de incêndio e muita fumaça. Segundo eles, o fogo é devido à presença de muito material inflamável e está sendo controlado com mangueiras d'água. Em meio aos escombros, os bombeiros estão encontrando bolsas, documentos, telefones celulares e botijões de gás. Os pertences das pessoas desaparecidas estão sendo levados para o Cais do Porto.
Ainda segundo Osório, nesta sexta-feira, a Guarda Municipal e técnicos da prefeitura vão se reunir com síndicos dos prédios vizinhos aos que desabaram para definir as prioridades para quem precisar entrar nos edifícios, como pegar documentos ou equipamentos imprescindíveis ao trabalho. Alguns proprietários de salas e escritórios já puderam entrar nos prédios em frente e recolher alguns pertences.
A expectativa, segundo ele, é que na segunda-feira (30) o trabalho nos prédios vizinhos já possa ser retomado. No entanto, o acesso ao prédio geminado ao Edifício Liberdade, de 20 andares, o primeiro que ruiu, continuará interditado.
A Companhia de Engenharia do Tráfego (CET-Rio) mantém a interdição de várias ruas no entorno da Avenida 13 de Maio e muitas lojas e restaurantes na área não funcionam.
*Colaborou Cristiane Ribeiro
Edição: Talita Cavalcante