Da BBC Brasil
Brasília – Milhares de egípcios comemoram hoje (25) um ano do início do levante popular que levou à queda do presidente Hosni Mubarak, após quase 30 anos no poder. No entanto, o Egito ainda vive uma grande divisão entre os principais grupos políticos, o que traz incerteza sobre o futuro do país.
A Praça Tahrir, no centro do Cairo, foi tomada por manifestantes. Alguns comemoram o sucesso dos partidos islâmicos nas primeiras eleições depois da queda de Mubarak, enquanto outros pediam mais reformas políticas. Ontem (24), foi anunciado que a lei de emergência que vigora no país há mais de 40 anos será revogada.
Enquanto isso, Mubarak está sendo julgado, acusado de ordenar a morte de manifestantes. O ex-presidente nega as acusações. Centenas de pessoas que foram condenadas à prisão por tribunais militares tiveram sua libertação marcada para esta quarta-feira, como uma concessão aos manifestantes.
Na última segunda-feira (23), o Parlamento eleito em novembro se reuniu pela primeira vez. O Partido da Liberdade e Justiça, ligado à Irmandade Muçulmana - banida durante o regime de Mubarak - tem a maioria das cadeiras.