Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) reiterou seu compromisso de punir qualquer membro envolvido nos supostos crimes sexuais contra menores haitianos. Mariano Fernandez,
chefe da missão, disse que “continuará a tomar medidas rigorosas para garantir, se for o caso, que os culpados sejam punidos."
Fernandez reagiu após a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciar ontem (23) que está investigando duas denúncias de abuso sexual infantil envolvendo membros da polícia da ONU no Haiti.
A Minustah é uma missão temporária formada por militares brasileiros e de outras nacionalidades e tem como um dos objetivos atenuar o poder dos grupos organizados, denominados gangues urbanas. Com índices de
violência e desemprego elevados, o Haiti sofre com as ações desses grupos.
O país, considerado o mais pobre das Américas, enfrenta ainda dificuldades de reconstrução causadas pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010, quando morreram mais de 220 mil pessoas, e o agravamento da
epidemia de cólera.
Políticamente, o país também vive uma fase delicada. Sem apoio no Parlamento, o presidente Michel Martelly tenta consolidar-se por meio do anúncio de ações isoladas. Porém, o histórico político do Haiti, de
instabilidade e tensões, cria um ambiente de apreensão, segundo observadores brasileiros.
Na semana que vem, a presidenta Dilma Rousseff estará no Haiti. Na visita, ela pretende intensificar a cooperação brasileira, ampliando as parcerias nas áreas de saúde - em conjunto com Cuba -, agricultura,
capacitação profissional e apoio à construção da usina hidrelétrica sobre o Rio Artibonite, no Sul do país.
Com informações da BBC Brasil//Edição: Graça Adjuto