Da Agência Brasil
Brasília – A chuva intensa que atinge o Amazonas desde dezembro ameaça principalmente os moradores dos municípios do norte e nordeste do estado. Segundo a Defesa Civil do estado, há quatro municípios em estado de atenção: Eirunepé, Ipixuna, Guajará e Envira.
A situação se agravou devido a uma série de fenômenos climáticos, como o La Niña – que corresponde ao resfriamento acentuado da temperatura em determinadas regiões – e a movimentação da zona de convergência do Atlântico Sul. Várias áreas da região já alcançaram o índice pluviométrico esperado para o final de janeiro.
A elevação do nível dos rios colocou a Defesa Civil e o Instituto Nacional de Meteorologia em alerta. A assessoria do Centro de Monitoramento Ambiental (Cemoa) da Defesa Civil do Amazonas informou que o período de chuva foi antecipado nos municípios de Eirunepé, Guajará e Ipixuna - todos na região do Alto Juruá.
De acordo com a Defesa Civil, em casos de desastre, o estado entra com o apoio para a ajuda humanitária às populações atingidas. O chefe da Seção de Previsão de Tempo do Inmet-AM, Veríssimo Farias de Assis, disse que as regiões norte, nordeste e oeste do Amazonas estão com índices pluviométricos elevados desde o final de dezembro.
Assis acrescentou que o município de Iauaretê, no norte do Amazonas, apresentou 501,3 milímetros (mm) de chuva no final de dezembro. Os município de Parintins, no nordeste, registrou 339,8 mm, e Fonte Boa, no oeste, 258,7 mm.
Pelos dados da Defesa Civil do Amazonas, aproximadamente 20 áreas apresentam risco de desabamento em áreas de erosão devido à ocorrência de chuva. O ano de 2012 é o segundo em que a chuva no estado ultrapassa a média esperada pelo Inmet-AM.
Nos três primeiros meses de 2011, a chuva ultrapassou os 289,5 mm em apenas dez dias de ocorrência. O fenômeno denominado El Niño – que envolve mudanças drásticas de temperatura com elevações acentuadas - contribuiu para a enchente nos rios nos últimos dois anos.
Em caso de situação de emergência, as ações serão definidas de acordo com a gravidade do desastre.
Edição: Juliana Andrade//Matéria alterada às 14h do dia 6/1/2012 para correção de informações