Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A três meses das eleições parlamentares no Irã, 5,3 mil pessoas já se inscreveram como candidatas, das quais 390 são mulheres. As eleições estão marcadas para 2 de março. Porém, no Irã, as candidaturas devem ser submetidas à análise do Conselho dos Guardiões – formado por religiosos e juristas – que define quem pode concorrer aos 290 assentos do Parlamento.
Os dados foram confirmados pelo Ministério do Interior iraniano. De acordo com a legislação iraniana, os candidatos devem ser cidadãos iranianos, ter de 30 a 75 anos, formação universitária, jurar fidelidade à Constituição e reconhecer a autoridade absoluta do líder supremo, o ayatollah Ali Khamenei.
As eleições de março serão as primeiras disputas eleitorais desde as presidenciais de 2009, em que Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito presidente da República. Na ocasião, houve informações sobre suspeitas no processo eleitoral e manifestações em algumas cidades iranianas. Os protestos geraram embates entre policiais e manifestantes, que foram reprimidos.
No Irã, o Parlamento é dominado pelos conservadores. Ahmadinejad tem a maioria no Parlamento. O Irã é alvo de sanções da comunidade internacional devido ao programa nuclear desenvolvido no país, pois há suspeitas da produção de bombas atômicas na região. As autoridades iranianas negam as suspeitas e rebatem as restrições ao país.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Lílian Beraldo