Da Agência Brasil
Brasília – Inaugurada há menos de um ano, a Rodoviária Interestadual de Brasília apresenta problemas comuns às estruturas mais antigas. Os usuários reclamam que o painel informativo fica em local inadequado, pois não permite a visualização, e que o número de vagas no estacionamento é insuficiente, além de ser cobrado. As queixas ganham mais força neste período do ano quando aumenta o fluxo de passageiros e o número de viagens.
“O estacionamento deveria ser público, além de ser privado é muito caro. A parada [de ônibus] fica muito longe, é de difícil acesso e pode ser perigoso”, disse Renan Ferreira Oliveira, cabo do Exército.
Para a enfermeira Sandra Almeida, o estacionamento do terminal rodoviário é um problema, pois há pouco espaço e o preço pela hora é alto – R$ 3. “A situação do estacionamento não é das melhores. Tem pouco espaço e é muito cheio, sem falar do preço”, reclamou.
De acordo com o Consórcio Novo Terminal, responsável pelo local, a rodoviária oferece um estacionamento com 148 vagas, sendo cinco destinadas a idosos, cinco para pessoas com deficiência e 15 para motociclistas. Além disso, segundo a assessoria do consórcio, o local dispõe de câmeras de monitoramento que funcionam por 24 horas, o que garante a segurança dos usuários. Também há um estacionamento público com 44 vagas.
O mecânico Roberto Matos se queixa da falta de carrinhos para o transporte das bagagens. “Poderia ter mais carrinhos para levar as malas. São poucos, considerando o tamanho da rodoviária, e sem eles a gente é obrigado a levar toda a bagagem na mão e muitas vezes elas ficam no chão.”
O consórcio explicou que a quantidade de carrinhos disponíveis leva em consideração um estudo realizado para atender a demanda prevista no local. “Em período de grande concentração de passageiros, como no Natal e Ano Novo, temos observado que os passageiros permanecem mais tempo com os carrinhos para acomodação de suas bagagens enquanto aguardam o horário do embarque”, afirmou a assessoria em nota.
Para a professora Alziran Moraes de Oliveira, a nova rodoviária, apesar dos problemas, merece elogios. “A rodoviária antiga era muito tumultuada. O diferencial desta é que existem mais guichês de atendimento e o espaço melhorou bastante”, disse.
Segundo a assessoria do consórcio, cerca de 30 mil pessoas devem utilizar a rodoviária para deixar Brasília no período de 29 de dezembro a 2 de janeiro, aproveitando o feriado de Ano Novo. O número é 28% superior ao movimento médio de passageiros em dias normais. Os destinos mais procurados são as cidades de Goiânia (Goiás), Unaí (Minas Gerais) e Rio de Janeiro. A administradora aumentou o quadro de funcionários em 10% nas áreas de operação além de disponibilizar mais ônibus para atender à demanda.
A administradora recomenda que os usuários comprem suas passagens com antecedência, cheguem uma hora antes do embarque, identifiquem as bagagens e prestem atenção aos documentos exigidos na hora de embarcar. Para crianças menores de 12 anos é necessário ter autorização dos responsáveis, caso viajem em companhia de terceiros.
No terminal de Brasília há 39 empresas de transporte que utilizam 32 boxes de ônibus para atender aproximadamente 4,6 mil pessoas por dia - em média 140 mil pessoas por mês.
O Consórcio Novo Terminal, formado pelas empresas brasilienses JCGontijo Engenharia S/A, Construtora Artec Ltda. e a Socicam (São Paulo), é o responsável pela administração e operação do terminal rodoviário por meio de uma concessão firmada com o Governo do Distrito Federal.
Edição: Lílian Beraldo