Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Pelo menos 27 homens do Exército e das forças de segurança da Síria morreram hoje (15) em confrontos com desertores, na província de Deraa, no Sul do país. As informações são da organização não governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Houve três embates distintos na região de Deraa – todos violentos. Há nove meses, o governo do presidente Bashar Al Assad é alvo de críticas e manifestações no país.
A ONG Human Rights Watch (HRW), em relatório divulgado hoje, revela que os militares sírios emitiram ordens para os soldados abrirem fogo indiscriminadamente contra os manifestantes sem armas. Os desertores indicaram o nome de 74 militares e integrantes de serviços de informações sírios que “ordenaram, autorizaram e toleraram” ações contra os manifestantes, segundo texto divulgado pela HRW.
De acordo com a ONG, os soldados receberam autorização para encerrar as manifestações utilizando todos os meios, inclusive o que a organização chamou de força letal. Porém, Assad nega o uso de violência e a repressão contra os manifestantes. Segundo ele, os rebeldes sírios são responsáveis pelo banho de sangue no país.
No entanto, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou esta semana que cerca de 5 mil pessoas foram mortas desde o início dos protestos em março. Peritos da ONU tomaram depoimentos e concluíram que o governo Assad impõe uma onda de medo e terror na Síria, executando ações violentas, inclusive contra crianças.
Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto