Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), descartou votar ainda este ano o projeto que prevê o reajuste dos servidores concursados e terceirizados da Casa. “Tem que votar primeiro o Orçamento e, depois de votado, é que trataremos disso. Não, esse ano não [votaremos]”, disse.
O projeto que reajusta os salários faz parte do chamado “pacote de bondades”, que prevê, também, o reajuste da verba de gabinete dos deputados, congelada há quatro anos no valor de R$ 60 mil. Esse dinheiro é usado pelos deputados para o pagamento dos servidores que trabalham nos seus gabinetes. Segundo Maia, ainda não está definido qual será o método usado para o cálculo e o percentual de reajuste a ser concedido para a verba de gabinete.
Outra proposta que trata do reajuste dos servidores efetivos da Câmara, e que deverá ser votada na próxima semana, poderá também desvincular os salários dos servidores, que hoje são vinculados aos dos deputados. Isso porque, pela legislação atual, os vencimentos dos servidores efetivos da Câmara são elevados na mesma proporção dos reajustes dados aos parlamentares.
Segundo levantamentos preliminares da Casa, o impacto com o reajuste dos servidores e dos cargos comissionados é da ordem de R$ 320 milhões. Além disso, há um passivo em relação ao reajustes dos servidores, o que deveria ter ocorrido no ano passado, da ordem de R$ 200 milhões. Com a criação dos cargos, deverão ser gastos recursos de R$ 10 milhões.
Edição: Lana Cristina