Paula Laboissière*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O primeiro-ministro britânico David Cameron defendeu hoje (12) sua decisão de rejeitar a entrada da Grã-Bretanha em um pacto europeu de maior unidade fiscal e econômica. Segundo ele, “o não ao tratado foi a resposta correta”, uma vez que o pacto não garante proteção aos países.
"Não queria tratamento especial, apenas salvaguardas necessárias para nosso mercado financeiro", disse o premiê ao Parlamento. Cameron ressaltou que o país continua sendo "um membro pleno da União Europeia", e destacou que o país "precisa do mercado comum europeu".
Chefes de Estado e de Governo de países da União Europeia anunciaram na última sexta-feira (9), em Bruxelas, na Bélgica, um novo acordo fiscal que exigirá dos Estados-Membros da zona do euro maior disciplina orçamentária a fim de enfrentar a crise econômica que atinge o bloco.
O novo pacto fiscal determina que o déficit estrutural anual dos Estados-Membros não poderá exceder 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nominal, ou seja, os países terão que adotar medidas para manter seus orçamentos equilibrados. Cada Estado-Membro terá de incluir essa norma em seu próprio ordenamento jurídico e caberá ao Tribunal Europeu de Justiça julgar se ela está sendo cumprida.
*Com informações da BBC Brasil // Edição: Juliana Andrade