Colégios eleitorais em Marabá têm filas para decidir futuro do estado do Pará

11/12/2011 - 11h16

Danilo Macedo
Enviado especial à Marabá

Marabá - Muitos eleitores de Marabá acordaram cedo neste domingo para votar no plebiscito que pode decidir o futuro do estado do Pará. Antes das 8h, horário de início das votações, já se formavam filas nos dois maiores colégios eleitorais da cidade, as escolas municipais Jonathas Pontes Athias e Irmã Theodora. Nelas votam cerca de 8 mil dos 138.716 eleitores do município.

Os eleitores comentaram a importância de decidir sobre a situação de sua região, mas alguns, mesmo na hora de decidir, tinham dúvidas sobre como votar. Os cerca de 4,6 milhões de eleitores do estado devem responder a duas perguntas: a primeira, se eles são a favor ou contra a criação do estado do Tapajós. Em seguida, os paraenses responderão se são favoráveis ou não à criação do estado de Carajás. Se a resposta for sim, devem digitar o númeo 77, se for não, 55. Das 369 urnas destinadas a Marabá, 7 tiveram que ser trocadas por falhas.

Em caso de divisão, Marabá poderá se tornar a capital de Carajás, região que tem sua economia baseada principalmente nas atividades siderúrgica e pecuária. A violência é um dos piores males da cidade mais populosa de Carajás, com cerca de 234 mil habitantes. De acordo com o Mapa da Violência divulgado este ano pelo Ministério da Justiça, com base em dados de 2008, a cidade é a quarta mais violenta do país, com uma taxa de 125 mortes para cada 100 mil habitantes.

O índice de violência fez com que Marabá fosse uma das 16 do Pará a receber tropas federais para reforçar a segurança durante o plebiscito. Sem rixas entre lados opostos na cidade, no entanto, com campanhas apenas a favor da separação, explicada pelo baixo investimento do estado na cidade, as forças do Exercito e da Polícia Militar não registraram nenhuma ocorrência esta manhã.

A votação para o plebiscito ocorre entre as 8h e as 17h no horário local (18h de Brasília).

Edição: Rivadavia Severo