Da Agência Brasil
São Paulo - Morreu na noite de ontem (29), vítima de infarto, Ricardo Renzo Brentani, de 74 anos, considerado um dos mais importantes cientistas do Brasil na área de pesquisas oncológicas. Brentani teve mais de 300 trabalhos publicados em periódicos importantes, como Nature e Science.
A partir de 1999, liderou um grupo de pesquisadores brasileiros no Projeto Genoma do Câncer Humano. Ele dirigiu durante um longo período o Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer de São Paulo e foi o primeiro professor titular da disciplina de oncologia em uma universidade brasileira. Brentani idealizou e implementou o primeiro curso de pós-graduação em um hospital privado brasileiro, o Hospital do Câncer A.C. Camargo.
Além de cientista, era professor emérito da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, presidente da Fundação Antônio Prudente, que mantém o Hospital A.C. Camargo, coordenador do Centro Antonio Prudente para Pesquisa e Tratamento do Câncer e diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Brentani recebeu da Ordem Nacional do Mérito Científico (Grã-Cruz) o Prêmio Costa Junior, da Academia Nacional de Medicina, e o Prêmio Ciência e Cultura da Fundação Conrado Wessel. Sua última premiação ocorreu em agosto deste ano, quando recebeu o Prêmio Octavio Frias de Oliveira, concedido pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), na categoria Personalidade de Destaque, por méritos na produção de conhecimento para a prevenção e combate à doença.
O velório do cientista, que nasceu em Trieste, na Itália, e se naturalizou brasileiro, ocorre no Anfiteatro José Ermírio de Moraes do Hospital A.C. Camargo, na Rua Tamandaré, 766, bairro da Liberdade, em São Paulo. O sepultamento está previsto para as 12h30 no Cemitério do Morumbi, na Rua Deputado Laércio Corte, 468.
Edição: Juliana Andrade