Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba – O sistema de prisão-albergue domiciliar, adotado em Londrina, no Paraná, desde 2010, é responsável pelo baixo índice de reincidência criminal no município. “Enquanto este índice em outras partes do país chega a 80% aqui é 4%”, disse a juíza Márcia Guimarães, da Vara de Execuções Penais.
Segundo ela, o sistema permite ao preso o acesso ao estudo e ao trabalho. Assim, depois de cumprir a pena, ele não enfrenta dificuldades de entrar no mercado produtivo. Márcia Guimarães lamenta o fato de não existirem vagas suficientes no regime semiaberto para atender um número maior de presos com condições de receber o benefício.
“Em breve, conforme já fomos comunicados, será construída uma prisão nesta modalidade de semiaberto no município. Por enquanto, a maioria dos presos é encaminhada para a Colônia Penal Agroindustrial de Piraquara, que está lotada”, disse.
Para conseguir uma vaga no regime semiaberto, o preso precisa cumprir uma série de requisitos, segundo o vice-diretor da Penitenciária Estadual 2, Adílson Barbosa de Souza. Além do bom comportamento, de acordo com ele, o detento tem que ter residência fixa, garantia de uma vaga de emprego e, de preferência, ter vínculos com parentes na cidade.
Mas para atingir esse estágio, segundo a juíza, o preso também passa por um monitoramento. “Durante o processo de progressão do regime fechado ao semiaberto, o preso é acompanhado por uma equipe multidisciplinar e, estando em condições, ele é beneficiado”, explicou.
Edição: Aécio Amado