Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, confirmou hoje (8) que já é superior a 3,5 mil o número de mortes de civis na Síria em decorrência dos enfrentamentos entre manifestantes e forças leais ao governo do presidente Bashar Al Assad. Segundo ela, pelo menos 60 pessoas morreram durante a execução do plano de pacificação patrocinado pela Liga Árabe.
O plano consiste em um roteiro com o objetivo de sair da atual crise. “O governo sírio anunciou a libertação de 553 presos [no dia 5] por ocasião da festa muçulmana, mas ainda há muitos detidos e dezenas são presos todos os dias”, disse Ravina, referindo-se aos dados relativos a mais de sete meses de conflitos na Síria.
A porta-voz informou ainda que as tropas sírias usam tanques e artilharia pesada para atacar bairros residenciais da capital Damasco. “É extraordinariamente decepcionante tudo isso”, disse ela. No próximo sábado (12), a Liga Árabe se reúne para discutir o agravamento da situação na Síria.
O Brasil e a comunidade internacional como um todo condenam as ações do governo Assad. Os líderes políticos estrangeiros cobram do presidente sírio o fim da repressão e da violência, a busca pelo diálogo e a execução de medidas democráticas.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto