Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Centenas de estudantes da Universidade de São Paulo (USP) fazem neste momento um protesto contra a ação de reintegração de posse do prédio da reitoria, ocorrida no final da madrugada de hoje (8). Com tambores e cartazes, os manifestantes pedem a saída da Polícia Militar (PM) do campus.
Há uma semana um grupo de alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas ocupava o prédio. Como os estudantes não cumpriram o prazo estipulado para a saída pacífica, a PM cumpriu a ordem judicial de reintegração de posse da área. Um grupo de 70 estudantes, dos quais 24 mulheres, foi levado em três ônibus da PM à 91ª Delegacia de Polícia, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo.
Em nota, a Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP manifestou “completo repúdio à reintegração de posse levada a cabo pela PM e pela reitoria no início desta terça-feira”. O DCE também afirmou que o convênio firmado entre a USP e a PM “fere o princípio da autonomia universitária e compromete a liberdade de organização e de defesa de um outro modelo de ensino superior para a nossa sociedade”.
A PM mantém sua tropa de choque em frente à entrada do prédio da reitoria. Os policiais fazem um cordão de isolamento, que impede que os estudantes tenham acesso ao local. Um helicóptero da corporação também sobrevoa a área e acompanha o protesto dos estudantes.
O major Marcel Soffner afirmou há pouco que a PM faz um patrulhamento reforçado na universidade hoje, por causa de ação de reintegração. Ele disse, entretanto, que as manifestações não vão ser coibidas pela polícia, desde que sejam pacíficas e não infrinjam nenhuma lei. Segundo ele, “se for um protesto legítimo e tranquilo, não existe problema nenhum”.
Edição: Lílian Beraldo