Para diretora-gerente do FMI, líderes mundiais devem agir rápido para evitar nova década perdida

07/11/2011 - 14h16

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em visita à Rússia, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse hoje (7) que o mundo sofre “de uma crise coletiva de confiança”, referindo-se aos impactos da crise econômica internacional. Segundo ela, os líderes políticos devem agir rapidamente para evitar mais incerteza, instabilidade e um colapso global. A iniciativa deve partir da comunidade internacional como um todo, e não de ações isoladas, destacou Lagarde.

“Se não agirmos em conjunto, poderemos entrar em uma espiral de incerteza, de instabilidade financeira e de colapso na demanda global. Em última análise, poderemos enfrentar uma década perdida de baixo crescimento e alto desemprego”, disse Lagarde.

A diretora-gerente elogiou a decisão dos líderes da União Europeia de socorrer os países da zona do euro que enfrentam dificuldades para rolar as dívidas. Citando a ajuda à Grécia, Lagarde disse que foi um “passo importante” para restaurar a confiança e a ordem na região. “A nossa economia global moderna é incrivelmente complexa e interdependente. A Rússia e os demais países emergentes têm atuado bem na tentativa de enfrentar a crise econômica internacional. Mas agora vemos nuvens escuras”, disse Lagarde.

Para a diretora-gerente, os riscos da crise econômica internacional são graves. “Todos devemos estar vigilantes”, alertou. De acordo com Lagarde, é preciso reagir e afastar a tristeza para restaurar o crescimento global. Ela advertiu que a tendência de o desemprego aumentar é percebida em vários locais do mundo.

Lagarde ressaltou a liderança da Rússia entre os emergentes. “É o maior produtor mundial de petróleo e, ao lado de outros importantes mercados emergentes, ajuda a elevar o crescimento, inclusive em países de baixa renda, por intermédio do comércio, dos investimentos e dos financiamento”, disse.

Edição: Vinicius Doria