Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Tesouro Nacional conseguiu captar US$ 1 bilhão em recursos de investidores norte-americanos e europeus com taxa de juros de 4,964% ao ano – o menor valor da história para papéis com prazo de 30 anos. O dinheiro veio da emissão, feita hoje (7), de títulos da dívida externa com vencimento em janeiro de 2041.
Na operação, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais por meio do lançamento de títulos da dívida externa com o compromisso de devolver os recursos com juros. Isso significa que o Brasil devolverá o dinheiro daqui a 30 anos com a correção dos juros acertada.
Taxas menores de juros indicam menor grau de desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida. A emissão de hoje foi o segundo lançamento de títulos da dívida externa no ano. Em julho, o Tesouro emitiu títulos internacionais com juros de 4,188% ao ano, mas os papéis venciam em 2021, o que não permite a comparação das duas taxas.
Segundo o Tesouro Nacional, a demanda pelos papéis brasileiros permitiu conseguir juros mais baixos no mercado. A procura, informou o governo, foi maior que a oferta de títulos, mas os técnicos não divulgaram o valor exato.
A diferença entre a taxa do título brasileiro e a dos títulos do Tesouro americano foi 160 pontos. Os títulos norte-americanos são considerados os papéis mais seguros do mundo. Segundo técnicos do Tesouro Nacional, a proximidade da faixa indica que a dívida brasileira está cada vez com menos risco de calote.
O Tesouro poderá ainda ofertar mais US$ 100 milhões ao mercado asiático. O resultado final da emissão será anunciado depois de concluída a oferta naquele mercado. Os recursos captados no exterior serão incorporados às reservas internacionais no próximo dia 10.
Edição: Lana Cristina